terça-feira, 26 de maio de 2015

Uma greve de mais de 30 dias em Novo Hamburgo

Quando escolhi ser professora, no auge das greves do magistério estadual no RS, dizia que jamais faria uma greve, pois não concordava como elas aconteciam, enfim, escutava na televisão barbaridades que para mim eram inconcebíveis. Passados 24 anos desta minha escolha e exercício de profissão, pela primeira vez, me rendi à greve. E como aprendi e estou aprendendo com ela. Por que me rendi? Aderi a greve, porque cansei de trabalhar em escolas, que a rede elétrica não suporta ventiladores e, quando tem ar condicionado, se ligados em todas as salas, pois os disjuntores caem. Cansei de chegar no laboratório de informática educativa, ter que bater os mouses e teclados, pois os cupins invadiram as máquinas, ou pior que choveu e como o forro da sala está cedendo, molhou seis máquinas e nos próximos dias tenho que secá-las para trabalharem meia boca. Cansei de fazer de conta que se dá aula, quando 40 min das 4 horas-aula, são para alimentação (lanche e almoço), pois na maioria das escolas não tem refeitórios e o almoço acontece durante o período de aula. Cansei de chegar na escola e ver a sala dos professores, os corredores alagados, quando chove. Cansei de comprar material para meus alunos, pois a escola não possui todos recursos financeiros que deveriam estar sendo geridos pela escola são pré- determinados por uma secretaria que não sabe gerir nem seu quadro de funcionários. Cansei de ter que ter três funções na escola, pois a secretaria de educação deseja enxugar o quadro e é claro, não poder me dedicar o quanto me cobro, para nenhuma das funções. Cansei de receber o mínimo do mínimo depois de ter realizado um graduação e cinco especializações na área de educação. Será que não mereço ganhar bem, ou pelo menos dignamente para uma pessoa que estudou e estuda como eu? Será que não mereço pelo menos respeito por ter escolhido e ter seguido a carreira do magistério. Por isso, e quando li a seguir a citação, resolvi aderir a greve: “§2435 A greve é moralmente legítima quando se apresenta como um recurso inevitável, e mesmo necessário, em vista de um benefício proporcionado. Torna-se moralmente inaceitável quando é acompanhada de violências ou ainda quando se lhe atribuem objetivos não diretamente ligados às condições de trabalho ou contrários ao bem comum. (Leão XIII na Rerum Novarum)
Aprendi na Greve, que se luta pelos mesmos ideais e que neste município têm excelentes professores escondidos, pois a administração não os valoriza, pois não tem a mesma ideologia política. Aprendi que uma greve cansamos muito. Andamos muito, passamos fome, frio, calor e uma enorme exaustão. Aprendi que o professor, até na greve é movido pelo amor pela educação. Em cada grupinho que conversei, todos falavam de seus alunos, das suas preocupações com as aprendizagens de como fariam para recuperar o aprendizado desses dias parados, de como farão para não serem chato e cansativos, sempre pensando no aluno. Aprendi que é por causa do comodismo de alguns, que o mundo não melhora. Pois pessoas bem-intencionadas, que não são egoístas lutam com amor por suas causas. Aprendi que numa greve, bem organizada, não há baderna, não há escândalos, não há cinismo entre os participantes. Aprendi que é nesses momentos que aparecem os Salvadores da Pátria, no nosso caso, alguns vereadores, que nem sabem o que é uma escola, o que é educação vestem uma “uma super camiseta”, pela educação e que temos que estar atentos a essas situações, pois na greve também é lugar de politicagem barata e falsa. Aprendi a conviver com algumas pessoas bem especiais, que só as pude conhecer nesse momento, e isso, Agradeço a Deus. Conheci muitos colegas da rede, que até então só
nos cumprimentávamos, pois, a sociedade calculista, nunca permitiu que tivéssemos um tempo para conversar, saber das habilidades de cada um, dos ensejos de cada um, das preocupações... enfim saber mais do outro. O movimento da Greve foi o melhor Fórum de Educação que já participei nesta cidade, pois trocamos experiências, vividas de verdade, sem enfeites... saímos do mundinho encantado imaginado na cabeça de tão poucos. Os professores sempre tão criativos, criaram paródias inesquecíveis, bonecos, malas, roupas que marcarão para sempre nossas lembranças. Aprendi que o professor é solidário, e aqui, deixo marcado meu grande apreço a professora aposentada Maria Cecília Brum, que nunca deixou faltar café, chazinho e às vezes até bolacha. Além dela, sempre tinha uma cuia de chimarrão para compartilhar, uma térmica para emprestar, uma cadeira para ceder por um tempo. Ou um delicioso café na casa de uma colega mais que especial. A jaqueta emprestada para esquentar, do marido da colega, ou um gole de água para acudir uma colega que passava mal... Aprendi que quando tirávamos foto sorrindo, era para não deixar “a peteca cair”, mas estávamos, às vezes muito indignados, bravos, cansados, chateados; mas mesmo assim, sorriamos. Aprendi que o jornalismo é um grande aliado, mas que os canais de comunicação corruptos deixam sempre a sociedade a mercê da verdade. No nosso caso o jornal NH e a RBS TV, sempre omitiram a verdade, ou distorceram a mesma. Aprendi que não é só de vitórias que se vive, mas de árduas lutas, que ainda estão por vir. Aprendi que nenhum outro governo, nesta cidade, poderá maltratar o servidor, pois viu que estes não se acovardam, mesmo com batalhão de choque na porta da Câmara Municipal, uma vergonha para nossa cidade. O remédio, portanto, mais eficaz e salutar é prevenir o mal com diálogo e com a legalidade para impedir a explosão, removendo a tempo as causas de que se prevê que não deixar nascer os conflitos. Não quero mais ter que fazer greve, mas para isso continuarei exigindo respeito e dignidade. Respeito do governo, respeito da comunidade, da direção da escola, dos colegas que pensam contrário do que a maioria pensa, pois vivemos num País Democrático e com inúmeras diversidades e há estas temos que saber respeitar. O momento é de retomar O RESPEITO + DIGNIDADE + TRABALHO CONSCIÊNTE = CIDADANIA. Mas não basta para ser livre, ser forte aguerrido e forte, Povo que não tem virtudes acaba por ser escravo.

domingo, 15 de fevereiro de 2015

CONTRA QUEM COMPETIRÃO nossos filhos e netos

NOVO SISTEMA EDUCATIVO DO JAPÃO Está sendo testado no Japão, um plano piloto revolucionário chamado "Mudança Corajosa" (Futoji no henko) com base nos programas educacionais: Erasmus, Grundtvig, Monnet, Ashoka e Comenius. É uma mudança conceitual que quebra todos os paradigmas. É tão revolucionário que treina crianças como "cidadãos do mundo", não japoneses. Nessas escolas não se rende o culto a bandeira, o hino não é cantado, não se vangloria heróis inventados pela história. Os alunos já não acreditam que o seu país é superior aos outros só porque eles nasceram lá. Eles já não vão à guerra para defender os interesses econômicos de grupos poderosos, disfarçados de "patriotismo". O foco principal do ensino está na compreensão e aceitação das diferentes culturas com seus horizontes globais e não de cunho nacional. O mais interessante é que a mudança está ocorrendo numa sociedade extremamente tradicional e machista! O programa dos 12 anos é baseado nos seguintes conceitos: - Zero patriotismo. - Zero supérfluos. - Zero tarefas. E apenas 5 matérias: 1. Aritmética voltada para negócios. Operações básicas e uso comercial de calculadoras. 2. Leitura. Eles começam a ler diariamente uma folha de livro (escolha livre) e têm que acabar de ler um livro por semana. 3. Cidadania. Entendimento da cidadania como pleno respeito à lei, coragem cívica, ética, respeito às regras de convivência, tolerância, altruísmo e respeito à ecologia. 4. Computação. Office, internet, redes sociais e negócios on-line. 5. Quatro línguas, alfabetos, culturas e religiões: japonês, inglês, chinês e árabe, com visitas de intercâmbio de famílias em cada país durante o verão. Qual será o resultado deste programa? Jovens que aos 18 anos: ✓Falam quatro idiomas, conhecem quatro culturas, quatro alfabetos e quatro religiões. ✓São expertos no uso dos seus computadores. ✓Lêem 52 livros cada ano. Respeitam a lei, a ecologia e a convivência. ✓Manipulam a Matemática Empresarial com minúcias. E contra eles vão competir nossos filhos e netos ! E quem são nossos filhos e netos ? “Carinhas” que sabem mais de T.V, fofocas, nomes de artistas famosos... Mas sem história. Adolescentes que falam espanhol só mais ou menos, têm ortografia ruim, não conseguem fazer somas de frações, e que são especialistas em "cópia" durante os exames. Crianças que passam mais tempo assistindo à estúpida televisão do que estudando ou lendo, quase sem entender o que lêem ... Crianças que são chamadas de vídeo homo porque não socializam, mas estão estupidificados com o iPod, iPad tablets, skate, blackberries, facebook, chats, onde só falam da mesma porcaria que listamos antes. Ou jogos de computador, em isolamento claro que nós conhecemos como o autismo e a ameaçar a liberdade, educação, autoestima, o respeito pelos seus pais ou outras pessoas, a solidariedade, a cultura e promover um egoísmo alarmante !!! Francisco Javier Abad Vélez Decano Facultad de Negocios y Ciencias Empresariales Tradução para o Português: L.E.F Revisão: ZK.

Bem- vindo ano letivo de 2015!

Mais um ano letivo se inicia, momento de muitas expectativas, sonhos, desconforto com o final das férias... Mas vamos lá! Está na hora de reiniciar as descobertas. Novas aprendizagens, vencer novos desafios, criar e recriar... Para nós professores é um momento de muita ansiedade!!!! O que eu me proponho neste ano( por isso estou aqui registrando) e venho a aconselhar meus colegas é que comecemos o ano com aquela sensação que nos moveu a escolher essa profissão. Com o desejo de transformar, de fazer a diferença, com o coração cheio de esperança. Que possamos “agradecer” diariamente por ter a habilidade de ensinar e encantar. Que consigamos dizer “sinto muito”, pois sozinhos não conseguimos salvar a sociedade e dizer a ela que esperamos ser respeitados, valorizados e que nos seja proporcionado à dignidade de um ambiente adequado para exercer nossa tarefa. Vamos alavancar esse novo ano com muito entusiasmo, aproveitando todas as parcerias possíveis, dentro e fora da escola. Aproveitemos a tecnologia a nosso favor, que essas sejam nossas aliadas e jamais um entrave para a aprendizagem. Não tenhamos medo, vamos aprender com nossos alunos, caso seja necessário. Que possamos mudar e aceitar as diferentes concepções, sem se render ao que não acreditamos e que a cada mudança possamos nos qualificar através da pesquisa. Que consigamos transmitir e formar cidadãos integrais, responsáveis pelo planeta, pela vida, pela paz. Que nosso foco principal do ensino seja a compreensão e aceitação das diferentes culturas com seus horizontes globais. Vamos fazer desse ano letivo um sucesso, que possamos superar as frustrações que irão ocorrer, pois afinal somos professores – humanos sujeitos a erros e equívocos. Um ótimo ano letivo a todos nós, que impere a paz, o amor, o respeito o profissionalismo.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

Educar para Transformar

A educação é um direito humano fundamental em si mesmo. A educação é efetiva para o desenvolvimento humano e para garantir o gozo de outros direitos. No entanto, o franco acesso à educação já não é estimado suficiente para avalizar o direito à educação. Uma vez que nem todas as oportunidades são iguais. O Estado precisa garantir não só o acesso igual, mas chances iguais para se ser de fato para todos de modo efetivo com sucesso. Isso expressa que algumas crianças podem necessitar de mais apoio e de condições especiais. As crianças surdas, por exemplo, têm o direito às condições necessárias de apoio à sua aprendizagem, como Linguagem de sinais, auxiliares auditivos e intérpretes quando preciso. Outros ajustamentos têm de ser completar para todas as crianças que tenham necessidades especiais para que sejam incluídas nas mesmas escolas do que as outras crianças e tenham as mesmas oportunidades. As oportunidades iguais dizem respeito a outras situações que merecem atenção, como é o caso do uso da língua materna da criança, categorias existentes para os trabalhos de casa, acesso aos livros e outros materiais, ou qualquer dificuldade de aprendizagem. A existência de oportunidades iguais é fundamental para combater a exclusão e a pobreza. Outro ponto a ser debatido é a qualidade da Educação. O Estado deve garantir o acesso igual a uma educação de qualidade. Repetidamente, existem dois tipos de escolas: de elite, com pessoal de alta competência e profissionalismo e infraestruturas de elevada qualidade; e para os pobres, sem os recursos humanos e materiais adequados. Deve ser garantido um ensino básico que seja comum até uma determinada idade e que promova o conhecimento e capacidades necessárias para o futuro. De acordo com a definição da UNESCO, uma educação de qualidade deve ser baseada num quadro de direitos humanos e abordar áreas recentes como a diversidade cultural, multilinguismo na educação, paz e não-violência, desenvolvimento sustentável e competências para a vida. Também se faz necessário uma educação para o pleno desenvolvimento humano, onde todos e todas têm o direito a uma educação que não seja apenas aprender a ler, escrever e calcular. A Declaração Universal dos Direitos Humanos afirma explicitamente que a educação deve “visar à plena expansão da personalidade humana e ao reforço dos direitos do homem e das liberdades fundamentais e deve favorecer a compreensão, a tolerância e a amizade entre todas as nações e todos os grupos raciais ou religiosos (…)”. A Convenção sobre os Direitos da Criança afirma ainda, sobre o tipo de educação a que todas as crianças têm direito, que esta deve: “Promover o desenvolvimento da personalidade da criança, dos seus dons e aptidões mentais e físicos na medida das suas potencialidades” e “preparar a criança para assumir as responsabilidades da vida numa sociedade livre, num espírito de compreensão, paz, tolerância, igualdade entre os sexos e de amizade entre todos os povos, grupos étnicos, nacionais e religiosos e com pessoas de origem indígena”. A educação que transforma não deve ser raciocinada, portanto, como a educação processada na escola somente, uma vez que o indivíduo passa a maior parte do seu tempo fora dela, onde aprende, e apreende, com maior facilidade e propriedade, os ensinamentos da vida, do cotidiano, das relações interpessoais e, conseguintemente, na medida em que aspira as informações que circulam no meio social, também exterioriza ideias, sentimentos, interpretações, enfim, ao tempo em que aprende também ensina. Nesse sentido os teóricos falam em educação formal e informal, poderíamos falar, ainda, de um modo mais simples, em educação da escola e educação do cotidiano. Como diz o texto constitucional: A educação, direito de todo se dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (C.F./88, art. 205, caput.). Para que a educação assim aconteça é necessário ser entendida dentro da escola, pelos educadores e educandos como um processo de aprendizagem mútua. O processo de ensino aprendizagem precisa ser entendido como unidade, pois são faces da mesma moeda, sendo que assim compreendida, a relação interpessoal professor - aluno é fator determinante. Atores esses concretos, históricos, trazendo a bagagem que o meio apresenta até então, fazendo e concretizando um processo aberto e de confiança. Pensando em todas as problemáticas não há muito que inventar a escola precisa essencialmente vencer o histórico desafio de educar para a vida, manter uma integração constante entre as suas atividades e o viver cotidiano da comunidade em que está encontrada e associar os saberes trazidos pelos indivíduos (alunos) aos conhecimentos preconizados no meio científico, na perspectiva da criação de um currículo escolar plenamente contextualizado, que possa contribuir com a transformação da realidade social vivida pelos alunos e suas famílias. Todo conhecimento comporta o risco do erro e da ilusão. A informação, é uma forma de compreender a verdade, é um resumo de elementos limitados pela nossa probabilidade de apreender e assimilar. O aprendizado é uma relação de interdependência entre o sujeito e seu meio. É edificado a partir da ação do sujeito sobre o objeto de conhecimento, interagindo com ele, sendo as trocas sociais condições necessárias para a ampliação do pensamento. A educação precisa de múltiplos olhares para auxiliar a entender e a conceber as relações todo/partes, unindo e interligando a sabedoria, tendo com tecido de fundo a tecelagem formada pela interação e interdependência de seus elementos, transformando-se assim, em um conhecimento pertinente. A constituição do conhecimento deve ser apto a atingir os objetos em seu todo, sua complexidade, seu conjunto. A ideia deve basear-se em situar as relações mútuas e as influências recíprocas entre as partes. Devemos como educadores assumir o compromisso de propiciar a construção da cidadania planetária, baseada na responsabilidade universal, frente à complexidade do mundo contemporâneo, como requisição de articular a heterogeneidade dos contextos, as subjetividades, as identidades e os saberes. A educação do futuro deve ser questionadora, indagando sempre as incertezas ligadas ao conhecimento. A contextualização, nessa lógica, não se abrevia meramente à elaboração teórica, à justificação conceitual, ao discurso, como estamos acostumados a ouvir e ler, constantemente, no meio acadêmico. O ensino contextualizado para a construção de uma sociedade melhor precisa trabalhar profundamente questões simples do dia-a-dia da sociedade, tais como, compromisso, ética, cidadania, direitos humanos, relações interpessoais, pluralidade, etnia, gênero, sustentabilidade sócio-ambiental, dentre outras. Assim dentro da sala de aula, inicia um ambiente de qualidade, afetividade que todos vão percebendo que o maior objetivo é a aprendizagem, o desenvolvimento integral e a formação de cidadãos comprometidos com uma sociedade melhor, voltada para paz. Como diz o autor Ubiratan D’ Ambrosio, “a problemática da paz deve ser o centro das nossas reflexões sobre o futuro(...)Nosso objetivo deve ser de atingir um estado de paz total, sem que o futuro da humanidade esteja atingido.” Na sociedade contemporânea, onde a concorrência é o ponto forte, temos que buscar a paz entre os cidadãos. A educação para a paz deve ser essencialmente uma meta a ser atingida. A paz transforma num processo contínuo e franco em que a cooperação, o recíproco entrosamento e a confiança em todos os níveis ajustam as bases das relações interpessoais. Na educação para a paz devemos buscar mudar o modo de sentir, que muda o modo de pensar, que muda o modo de falar, que muda o modo de agir. A cultura da paz baseia-se no diálogo, que visa abrir pontos, situa relações, compartilha ideias, questiona e aprende, compreendem, faz emergir idéias, busca a pluralidade de conceitos. Com cita a autora Amélia Hamze: É necessário ensinar princípios de estratégia que permitam encarar o inesperado e o imprevisto, e alterar seu desenvolvimento em benefício das informações contraídas ao longo do tempo. Devemos procurar desenvolver a consciência de que o ser humano é ao mesmo tempo indivíduo, parte da sociedade e parte da espécie (ética do gênero humano). A condição de “ser humano” relaciona-se ao desenvolvimento das autonomias individuais, das participações em sociedade e do sentimento de pertencer à condição humana. (2006) Os homens edificados pela educação saberão respeitar as diferenças, lidar com os antagonismos de ideias e pensamentos. Sabemos que para isso é necessário vontade política e uma sociedade que se mobilize para exigir essa façanha. Ao incorporarmos a cultura da paz em nosso cotidiano, nos disponibilizamos, ao diálogo, a escuta, a tolerância, a generosidade, ao comprometimento, mas, também à consciência do inacabamento, a importância de ser dependente e da dupla existência da verdade. Tendo consciência do processo de inacabamento, constatamos que a educação é uma formação continuada, que dura toda a existência Se houver uma consciência de educação para qualidade, as famílias participarão mais da escola, vivenciarão mais o desenvolvimentos cognitivo de seus filhos, escola e famílias estarão mais amparados um ao outro para enfrentar os desafios da sociedade, havendo ai, uma cumplicidade entre ambos para o pleno desenvolvimento das crianças. O serviço de educação, não resta dúvida, tem um dos objetivos mais nobres no seio da sociedade, se não o mais nobre, ou seja, o objetivo fim da educação é mudar cada pessoa numa pessoa melhor, num processo contínuo e progressivo, em que o ponto de aproximação não é uma meta meramente abstrata, mais vai sendo construído por cada indivíduo, no caso concreto, no tempo, no espaço e na interação com os outros indivíduos, na sociedade em que vive. Referencial Bibliográfico: AMBROSIO. Ubiratan. A educação para Paz. UNICAMP, SP, 2002. Em site: http://www.sociologia.org.br/tex/educacaoparaapaz.htm, acesso em julho de 2014. HAMZE, Amélia. A educação e a relação com a Paz, segundo Edgar Morim. 2006 Site: http://educador.brasilescola.com/trabalho-docente/a-educacao-relacao-com-paz.htm, acesso em julho de 2014. STOLZ, Sheila. Diretrizes da Organização das Nações Unidas para a inserção dos Direitos Humanos no ensino formal e não formal. Em site: http://www.uab.furg.br/mod/data/view.php?id=27270, acesso em julho de 2014. __________. Princípios Pedagógicos que norteiam a Educação em Direitos Humanos. Em site: http://www.uab.furg.br/mod/data/view.php?id=27269, acesso em julho de 2014.

A Necessidade da mudança na Educação Brasileira

O Conjunto da Educação Básica no Brasil nas últimas décadas, fez consideráveis avanços na educação básica, sendo o mais importante deles a universalização do acesso. Entretanto, imensos desafios ainda continuam para a sociedade no comovente cenário da educação das crianças. Entre eles, o maior desafio é, sem sombra de dúvida, a melhoria da qualidade da educação básica pública. Em pleno século 21, oferecemos um dos piores sistemas de ensino do mundo às crianças: • Apenas 11% dos alunos do 3º ano do Ensino Médio sabem o conteúdo esperado de Matemática, e 28,9%, o de Língua Portuguesa (Todos pela Educação/SAEB/09). • Pontuamos, dentre os 65 países que participaram do PISA 2009, entre os piores países do mundo quando se trata de educação básica: 57º em Matemática, 53º em Leitura e 53º em Ciências. (PISA − Programa Internacional de Avaliação de Estudantes - 2009). • 49,8% dos jovens brasileiros de 19 anos não conseguiram concluir o Ensino Médio (Todos Pela Educação/PNAD/IBGE 09). Dos que conseguem concluir, cerca de 10% apresentam um desempenho considerado adequado ao término da sua série. • 36,6% dos jovens de 16 anos não terminaram o ensino fundamental (até o 9º ano PNAD-2009). • Apenas 14,4% dos nossos jovens de 18 a 24 anos frequentam o ensino superior (PNAD-2009). • 74% da população brasileira não conseguem entender um texto simples (INAF, Indicador de Analfabetismo Funcional - Instituto Paulo Montenegro). Os números são alarmantes e levam à triste conclusão de que, há gerações, estamos apartando da sociedade dezenas de milhões de crianças e jovens brasileiros. A educação de baixa qualidade é tida como a principal causa do alto grau de violência, baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e já reflete na estrutural falta de profissionais qualificados necessários para podermos trilhar o caminho do aumento sustentável de longo prazo. Não conseguindo alcançar as metas previstas pelo Plano Mundial de Educação em Direitos Humanos. Mais grave ainda, do ponto de vista humano, é não ajustar a milhões de crianças e adolescentes a chance de maximizar o seu potencial, submetendo-os à marginalidade, ao subempregos ou a trabalhos manuais de pouco valor acrescentado, sem lhes dar oportunidade de mobilidade profissional ou social. É de consenso entre os estudiosos em educação pública de que a preferência absoluta da educação brasileira deve ser a qualidade da aprendizagem nas séries iniciais. Trata-se do investimento mais eficiente, ou seja, para ser competente em termos de efeitos apurados, deverá formar os pilares de uma melhor formação de mão de obra, mobilidade social, redução de criminalidade etc. As melhorias concedidas nos últimos anos pelos governos federal, estaduais e municipais se apresentam tímidas e de caráter “evolutivo”, ou seja, consideram ações que visam melhorar o sistema existente de forma gradual, sob domino às “realidades” político-partidárias, corporativas e orçamentárias. É necessário muito mais que um plano de respeito aos Direitos Humanos, sendo que o principal é a igualdade e o desenvolvimentos social, e que não estamos conseguindo alcançar, pois colocamos todas as crianças e adolescentes para dentro da escola e não dispusemos de infraestrutura para lidar com as diferenças e oferecer para uma geração tão diferenciada, pela disponibilidade virtual, uma educação também diferenciada. Os planos de ensino (PCNs), apresentam a necessidade de trabalhar todos os PAEH, porém nem sempre a escola dá conta de trabalhar afino essas ideias. Para acontecer uma “transformação” consiste em uma ampla mobilização da sociedade em torno do problema da qualidade da educação básica. Só com a liderança dos novos governantes e participação de todos os setores da sociedade teremos a capacidade para superar os desafios. Esse objetivo, por sua vez, deve ser viabilizado mediante um audacioso Plano multipartidário e plurianual de modificação, que ultrapasse as tradicionais limitações de mandatos, esferas governamentais e alianças políticas, seguido diretamente pelo Presidente da República junto a um Comitê de Acompanhamento da Reforma Educacional. Então esse plano deverá ser orientado para seis macrotemas fundamentais, sugeridos como as ações de maior impacto a serem realizadas nos próximos anos: 1. Reestruturação da formação e da carreira do magistério; 2. Fortalecimento da liderança e da capacidade de gestão nas escolas; 3. Reforma da estrutura da escola e novos sistemas de ensino; 4. Reforma do Ensino Médio; 5. Criação de um currículo mínimo nacional e aperfeiçoamento das avaliações; 6. Reforço das políticas de investimento. É encargo das lideranças políticas mobilizarem e unir, com apoio de setores da sociedade, a população em volta desse tema e colocar um amplo pacto para afrontarmos com coragem o desafio que se coloca ao Brasil, quebrando paradigmas e superando obstáculos de difícil adaptação política.   Referencias bibliográficas STOLTZ, Sheila e Marisa Pires. Plano Mundial de Educação em Direitos Humanos, sob referência ALTO COMISSARIADO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA OS DIREITOS HUMANOS E PARA A ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Plano de Ação em EDH (PAEDH). New York e Genebra, 2006. Instituto Paulo Montenegro, 2009. Em site: http://www.ipm.org.br/ipmb_pagina.php?mpg=4.02.00.00.00&ver=por, acesso em julho de 2014.

sexta-feira, 13 de junho de 2014

Meninos Cantores O Coral dos Meninos cantores da Catedral São Luiz Gonzaga, foi fundado em 2005. É um grupo formado por meninos e meninas entre 7 e 18 anos, que compões os naipes de sopranos e contraltos, segundo o diretor José Isaias Camaratta da Costa, que autorizou o uso dessa imagem. O coro trabalha os mais diversos tipos de música coral, desde Música Folclórica brasileira, gauchesca e MPB até a Música Sacra e erudita dos períodos renascentista, barroco, clássico e romântico. O Coro é organizado e mantido pela Associação Cultural Art’Encantos, entidade sem fins lucrativos que se dedica ao ensino de música gratuitamente para crianças e adolescentes com apoio da Catedral São Luiz Gonzaga. Apesar de estar sediado na Catedral São Luiz, o coro recebe sem restrições crianças de todos os credos. As crianças aprendem técnica vocal e de canto, teoria musical, além de aulas de violão, teclado e flauta doce, de forma totalmente gratuita. A Direção Artística e a Regência do coro estão a cargo do Maestro Djeison Borges e a presidência da Associação e coordenação do grupo está sob a responsabilidade do professor José Isaias Camaratta da Costa. O grupo já se apresentou no Teatro Municipal de Itajaí, em Chapecó e Xaxim em Santa Catarina, Campo Largo e Curitiba no Paraná, Petrópolis no Rio de Janeiro, Sete Lagoas e Belo Horizonte em Minas Gerais. Realizou concertos natalinos em Novo Hamburgo, Porto Alegre, Canela, Gramado e dezenas de outras cidades do interior do estado. Já apresentou-se no “Natal dos Anjos” de Dois Irmãos e nas inaugurações das decorações de Natal do Shopping Iguatemi Porto Alegre e do Sinos Shopping de Novo Hamburgo. Participou ainda por 3 anos das apresentações do Show do Lago “Nativitaten” da programação do Natal-Luz de Gramado. Apresentou-se também por 4 anos consecutivos na Usina da Natal promovido pela RBS na Usina do Gasômetro. O grupo apresenta-se ainda em eventos, concertos, casamentos, celebrações religiosas entre outros. Sabe-se que a Constituição é a lei fundamental e suprema de uma nação, ditando a sua forma de organização e seus princípios basilares. Os Direitos Culturais, além de serem direito s humanos conjeturados expressamente na Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), no Brasil encontram-se devidamente normatizados na Constituição Federal de 1988 devido à sua importância como fator de singularizarão do ser humano. Como afirma Bernardo Novais da Mata Machado, “os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, cuja história remonta à Revolução Francesa e à sua Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), que sustentou serem os indivíduos portadores de direitos inerentes à pessoa humana, tais como direito à vida e à liberdade.” (MACHADO, 2007). Fato é que a cultura reflete o modo de vida de uma sociedade, além de interferir em seu modo de pensar e agir, sendo fator de fortalecimento da identidade de um povo e decisivamente de desenvolvimento humano. Conforme afirma José Márcio Barros, a “cultura refere-se tanto ao modo de vida total de um povo – isso inclui tudo aquilo que é socialmente aprendido e transmitido, quanto ao processo de cultivo e desenvolvimento mental, subjetivo e espiritual, através de práticas e subjetividades específicas, comumente chamadas de manifestações artísticas” (BARROS, 2007). Nesse sentido, com o intuito de garantir o direito à cultura, assim diz a Constituição: “Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. § 1.º O Estado protegerá as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatório nacional. § 2.º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.” Conforme verifica-se, o constituinte mostrou-se preocupado em garantir a todos os cidadãos brasileiros o efetivo exercício dos direitos culturais, o acesso às fontes da cultura nacional e a liberdade das manifestações culturais. Partindo desse ponto, vemos que é dever do Estado garantir a todos o pleno exercício dos direitos culturais. Mas quais são esses direitos culturais? Como afirma Bernardo Novais da Mata Machado, “Os direitos culturais são parte integrante dos direitos humanos, cuja história remonta à Revolução Francesa e à sua Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789), que sustentou serem os indivíduos portadores de direitos inerentes à pessoa humana, tais como direito à vida e à liberdade.” (MACHADO, 2007). Porém, os direitos culturais sofrem hoje diversas limitações em função de políticas públicas ineficazes ou inexistentes, bem como limitações decorrentes da legislação dos Direitos Autorais, esses também considerados como Direitos Culturais. Caso é que o legislador não expressou quais são os princípios constitucionais culturais, porém, os mesmos podem ser considerados como, “o princípio do pluralismo cultural, o da participação popular na compreensão e gestão das políticas culturais, o do apoio logístico estatal na atuação no setor cultural, o do respeito à memória coletiva e o da universalidade” (SANTOS, 2007) consta na Constituição Federal de 1988 é papel estatal financiar atividades ou programas culturais que avalizem o cuidado da diversidade das aparições culturais. Apesar de todo esse aparato constitucional, nos deparamos com pouquíssimos investimentos na cultura como complemento na educação integral. Nossas crianças têm poucas oportunidades e acessibilidade à diversidade cultural. No Brasil há projetos, programas que abrange a minoria das crianças. Ainda não há políticas públicas efetivas que estimule e dê acesso. É lamentavelmente, mas o Brasil não atende a todos os alunos, apontando para a necessidade de independentemente da região se faz necessário aumentar o número de estudantes do ensino fundamental com jornada escolar ampliada. O coral dos Meninos Cantores, assim como outros, se mantém por organizações, igrejas, clubes e pouquíssimos mantidos pelo governo estatal, como diz a lei. Escolhi a música como foco deste tema, pois acredito na mudança comportamental do ser humano, pode acontecer através dela. Segundo pesquisa realizada na Universidade de Stanford, através de imagens do cérebro feitas com ressonância magnética de pessoas ouvindo música clássica, pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade observaram que a música ocupa áreas do cérebro envolvidas em prestar atenção e por mais estranho que pareça, a atividade máxima no cérebro se deu durante um curto período de silêncio, período este entre os movimentos da música. A música foi usada para estudar como o cérebro se organiza em relação aos constantes estímulos de informação. Os resultados sugeriram um processo adaptativo evolucionário do cérebro quanto à música. Ela pode ser um modo de melhorar a habilidade de antecipação dos fatos e da capacidade em manter a atenção, principalmente porque o ritmo da música ajuda a se saber quando acontecerá o próximo evento. Aí está mais um desafio a ser superado neste País com tanta riqueza cultural, que tem por destaque esta, mas que é ainda invisível para a maioria da sociedade, o direito a cultura no Brasil caminha em passos lentos, assim como a educação integral, que se ajustada ofertaria esse direito. "Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes". Rubem Alves Bibliografia A música estimula a capacidade do cérebro de prestar atenção. 2007. Site: http://dinakaufman.com/noticias-cientificas/194/ acesso em maio de 2014 BARROS, José Márcio. “Diversidade Cultural e Desenvolvimento Humano – Curso de Gestão e Desenvolvimento Cultural Pensar e Agir com Cultura, Cultura e Desenvolvimento Local 2007″. CHAUÍ, Marilena. “Cidadania cultural: O direito à cultura”. São Paulo: Editora da Fundação Perseu Abramo, 2006. BRASIL. Constituição (1988). “Constituição da República Federativa do Brasil”: promulgada em 5 de outubro de 1988. Organização do texto: Juarez de Oliveira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 1990. (Série Legislação Brasileira). BRASIL. Ministério da Cultura (MinC). www.cultura.gov.br. Acesso em maio de 2014 PLANO NACIONAL DE CULTURA (PNC): Diretrizes Gerais. Disponível em www.cultura.gov.br. Acesso em maio de 2014. MACHADO, Bernardo Novais da Mata. “Direitos Culturais e Políticas para a Cultura – Curso de Gestão e Desenvolvimento Cultural Pensar e Agir com Cultura, Cultura e Desenvolvimento Local 2007 MORAES, Alexandre de. “Direito Constitucional”. São Paulo: Atlas, 2008. Silva, José Afonso. Curso de Direito Constitucional Positivo. 15ª ed. São Paulo: Ed Malheiros, 1998 Tânia Maria dos Santos, Direito à Cultura na Constituição Federal de 1988, Editora: Verbo Jurídico, 1ª edição, 2007, Porto Alegre

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Quem é o Coordenador Pedagógico? Gestão Democrática?

O coordenador pedagógico assume essa função a partir das transformações na educação entre as décadas de 70 a 90. Transformações sociais, políticas, econômica a mudança de valores, a fragilidade da educação, a desvalorização dos profissionais provocou circunstâncias de desanimo na educação, resultada de políticas educacionais formatadas e derramadas nas escolas sem um planejamento, sem a participação dos professores. O coordenador professor pedagógico surge em meios a essas necessidades educacionais voltadas para projetos diferenciados, mudanças, porém com pouca qualificação o que danificou o bom desempenho de sua função. A figura do coordenador foi fruto de um de uma concepção progressista, onde as novas formas de gestão escolar e processo ensino aprendizagem foram postas em pratica. E ainda hoje o coordenador convive com infaustas condições de trabalho, faltam as condições objetivas, formação técnica, materiais favoráveis, organização coletiva, entre outros fatores,prejudicando assim sua real função a de coordenar, planejar e acompanhar todo o processo pedagógico . Tendo em consideração que o atual cenário educacional da gestão democrática busca desenvolver uma gestão participativa, tendo o gestor e coordenador como o mediador das ligações entre escola – comunidade – família, onde há relação orgânica entre a direção e a participação dos membros da equipe escolar. O século XXI inicia-se com uma bagagem enorme e cheia de incertezas políticas, ideológicas, comportamentais. Essa situação se reflete também na escola, fazendo emergir sensações de impotência e pessimismo nas pessoas que participam dessa comunidade. Segundo Kuhn (1970), a superação de um paradigma, é lenta e encontra grandes aferros. No período de transição convivem elementos do velho e do novo paradigma que vai progressivamente substituindo, com vantagem, representações, atitudes e procedimentos. Os novos paradigmas gerenciais requerem funções descentralizadas, participativas, interdependentes e integradas. O desenvolvimento organizacional depende da melhoria contínua dos processos de gestão, apoio e de base. A eficiência dos processos depende dos referenciais e recursos neles utilizados. Os recursos humanos são determinantes, pois sua capacitação e motivação é que tornam possível o aumento da eficiência dos processos. A vontade e a capacidade dos agentes organizacionais, em última instância, configuram uma cultura organizacional de desenvolvimento, estagnação ou regressão. Baseado em estudos, o resultado nos direciona para uma observação mais profunda no que se refere aos processos de gestão participativa, uma vez que queremos formar cidadãos conscientes, críticos responsáveis e capazes de exercerem sua cidadania. Para isso precisamos rever a formação pedagógica, articulando a entre as políticas educacionais e as concepções de formação enquanto processos de construção coletivae cooperativa. Dentro desse processo de cooperativismo e cumplicidade na educação é necessário fazer o resgatar da autoestima do profissional da educação que precisa apresentar resultados satisfatórios no desempenho de sua função através de projetos que tenha resultado no processo ensino aprendizagem. Pensar na qualidade de ensino implica garantir um processo pedagógico pautado na eficiência, eficácia e efetividade social, cultural e econômico de modo a garantir o ingresso ,permanência e a qualidade em educação